A investigação sobre a vocalidade poética do ator parte de uma vivência própria durante a formação acadêmica do sujeito-pesquisador em interpretação e direção teatral. Partindo dos registros corporais calcados nos princípios do cômico e o estudo sobre o papel do diretor, busca-se uma interrelação entre a comicidade e o foco central da pesquisa aportada na vocalidade do ator, com o objetivo de analisar o resultado desta relação. Para isso, as experiências vividas e inscrições no corpo, calcadas em Jorge Larrosa Bondía, e o conceito de obra aberta, viva, mutável, em constante movimento, de Cecília Almeida Salles, dão corpo e problematizam a investigação sobre as ações físicas e vocais geradas no processo de criação e selecionadas durante sua execução pelo ator-diretor.